Comissão Nacional da Verdade recebe membros de Comissão Camponesa da Verdade - CNV - Comissão Nacional da Verdade
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A Comissão Nacional da Verdade (CNV), órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011, encerrou suas atividades em 10 de dezembro de 2014, com a entrega de seu Relatório Final. Esta cópia do portal da CNV é mantida pelo Centro de Referência Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional.

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Terça, 20 de Novembro de 2012 às 11:06

Comissão Nacional da Verdade recebe membros de Comissão Camponesa da Verdade

No primeiro encontro entre os dois grupos foram estipulados alguns pontos para o início da parceria entre as comissões

Membros da Comissão Nacional da Verdade receberam ontem à tarde, em Brasília, integrantes da Comissão Camponesa da Verdade, grupo formado para apurar as graves violações de direitos humanos ocorridas no campo no período de 1946-1988. O objetivo da comissão camponesa é auxiliar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade. Também participou do encontro o assessor da Secretaria de Direitos Humanos, Gilney Viana.

A Comissão Camponesa da Verdade é formada por membros de diferentes organizações que trabalham na defesa de direitos dos trabalhadores rurais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Comissão Pastoral da Terra, o Movimento de Mulheres Camponesas, Plataforma Dhesca, Terra de Direitos e o Instituto de Pesquisa, Direito e Movimentos Sociais.

Segundo Nicinha Porto, da Contag, o processo de formação da comissão camponesa começou em abril deste ano e foi amadurecendo com a adesão de diversas organizações sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI). "O movimento social concluiu que era necessário que organizações camponesas e seus apoiadores deveriam intervir no processo de busca pela verdade", afirmou.

O grupo foi recebido pelos membros da CNV José Paulo Cavalcanti Filho, Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Cardoso e Maria Rita Kehl, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre violações de direitos humanos relacionados à luta pela terra e contra populações indígenas, por motivações políticas.

Segundo Maria Rita, a comissão camponesa terá toda a autonomia para seu trabalho e "a Comissão Nacional usará o material cujo conteúdo estiver dentro das atribuições da CNV".

A Comissão Camponesa pretende realizar ainda em dezembro um encontro com intelectuais que possuem trabalhos sobre casos graves de violações de direitos humanos no campo para definir linhas centrais de pesquisa na área. O evento deverá ter apoio da CNV e será a primeira parceria entre as duas comissões.

Os membros da Comissão Camponesa relataram também que a impunidade de graves  violações de direitos humanos ocorridas no campo no período de 1946 a 1988 contribuem para a continuidade da violência no campo. Segundo Antonio Canuto, da Pastoral da Terra, os relatórios anuais da CPT demonstram isso.

"Todas essas formas de violência no campo, que tiveram seu apogeu na ditadura, ainda continuam. Esses fatos deverão estar presentes nas nossas recomendações, que deverão estabelecer elos entre passado e presente, visando a não-repetição desses fatos", esclareceu Maria Rita.

Para Paulo Sérgio Pinheiro, o trabalho da nova comissão é bem-vindo. "Saudamos com o maior entusiasmo a comissão camponesa. A Comissão da Verdade tem esse compromisso de revelar violações pouco conhecidas", acrescentou.

 

Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação
Mais informações à imprensa: Marcelo Oliveira
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