Governador de Sergipe pede inclusão de batalhão de Aracaju em investigação da CNV - CNV - Comissão Nacional da Verdade
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A Comissão Nacional da Verdade (CNV), órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011, encerrou suas atividades em 10 de dezembro de 2014, com a entrega de seu Relatório Final. Esta cópia do portal da CNV é mantida pelo Centro de Referência Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional.

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Quinta, 10 de Abril de 2014 às 16:47

Governador de Sergipe pede inclusão de batalhão de Aracaju em investigação da CNV

jackson horiComissão confirmou que violações de direitos humanos ocorridas no 28º Batalhão de Caçadores serão objeto de apuração da CNV

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, esteve hoje na Comissão Nacional da Verdade. Barreto pediu a inclusão do 28º Batalhão de Caçadores, localizado em Aracaju, entre as unidades militares que serão investigadas a respeito de abusos praticados em suas dependências durante o regime militar.

O batalhão foi palco da Operação Cajueiro, em fevereiro de 1976, na qual opositores do regime militar foram presos e torturados. Há relatos de estupro e um preso ficou cego em razão do uso de uma venda de borracha, afirma o governador.

Em função de suas atividades acadêmicas em São Paulo, o coordenador da CNV, Pedro Dallari, não estava em Brasília e o governador Barreto foi recebido pelo secretário-executivo adjunto da CNV, Marcus Lemos, e pelos assessores da CNV Daniel Lerner e Márcio Kameoka.

Lemos esclareceu que os dois relatórios da CNV sobre centros de tortura já divulgados ainda não são exaustivos pois são parciais e que o 28º Batalhão está entre as unidades militares utilizadas para tortura investigadas pela CNV e que, certamente, a Operação Cajueiro será mencionada no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, previsto para ser entregue em 10 de dezembro à Presidenta da República.

Barreto contou que, apesar de ter mandato de deputado estadual em 1976, foi tirado de uma sessão na Assembleia Legislativa e conduzido até o Batalhão por homens do Exército para ser acareado com um dos 19 presos na operação e que respondeu a um Inquérito Policial Militar. "Como tinha mandato eu não fui preso e torturado, mas vários companheiros foram", afirmou.

O governador disse ter procurado a CNV em nome do povo de Sergipe. Ele se emocionou ao relatar a tortura sofrida pelos presos e ao ler trechos do livro "Operação Cajueiro", de Paulo Lima. "Se eu ficasse calado, eu não ficaria em paz com a minha consciência", disse.

Ele também entregou dois livros que falam sobre o episódio à comissão: "A tutela militar em Sergipe", de Ibarê Dantas, e "Os ícones de um terremoto", de Paulo Barbosa de Araújo".

Barreto compareceu à CNV acompanhado dos secretários da Casa Civil, José Sobral, e da Fazenda, Jefferson Passos, e de Maurício Lima, chefe do Escritório de Representação do Estado de Sergipe em Brasília.

Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação

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