Fonteles pede a pesquisadores sugestões de recomendações à CNV
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O membro da Comissão Nacional da Verdade Claudio Fonteles fez ontem à noite, no Rio de Janeiro, a conferência de abertura do I Seminário Internacional "Documentar a Ditadura", realizado pelo Arquivo Nacional.
Em seu discurso, Fonteles, que coordena o grupo de trabalho da CNV Graves Violações de Direitos Humanos lançou um desafio aos congressistas nacionais e internacionais presentes ao evento: que apresentem ao final do seminário sugestões concretas para recomendações da CNV no campo da memória e da verdade.
Fonteles, em sua conferência, voltou a sugerir que o Arquivo Nacional não seja apenas um órgão dentro da estrutura do Ministério da Justiça e que a instituição seja transformada no que o membro da CNV chama de Centro Nacional de Pesquisa Documental para a Permanente Democracia, com autonomia plena, tornando-se num dos vetores principais de uma rede permanente de defesa da cidadania.
"Nós devemos ter mais de 15 milhões de documentos a serem perquiridos para a reconstrução histórica do acontecido no período do estado ditatorial militar. O arquivo é a fonte mais límpida e mais enriquecedora para que a gente possa realmente fazer essa reconstrução. E não só a reconstrução do passado para o presente, mas há que se tirar daí toda uma pedagogia, ou seja, que nunca mais nós, brasileiros e brasileiras, vivamos em um estado ditatorial militar", afirmou Fonteles na conferência.
O I Seminário Internacional "Documentar a Ditadura" reúne até amanhã, na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, pesquisadores e estudantes de diferentes nacionalidades, com atuação em diversos campos do conhecimento, e interessados na temática dos acervos da ditadura militar, no Brasil e na América Latina, suas instituições e as formas de resistências da sociedade.
Para mais informações sobre o seminário, acesse: http://www.an.gov.br/documentaraditadura/
Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação
Mais informações à imprensa: Marcelo Oliveira
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