Missão preparatória para a exumação de restos mortais de João Goulart acontece dia 21 - CNV - Comissão Nacional da Verdade
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Segunda, 19 de Agosto de 2013 às 15:00

Missão preparatória para a exumação de restos mortais de João Goulart acontece dia 21

Missão visa reconhecer o cemitério Jardim da Paz e o jazigo da família Goulart e preservar o local para a exumação

A Comissão Nacional da Verdade participa, na próxima quarta-feira, dia 21, em São Borja (RS), da missão preparatória para a exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart.

O trabalho pericial será coordenado pela Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal e contará com o acompanhamento de peritos designados pela CNV e pelo Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul. A coordenação política da iniciativa é compartilhada entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e a Comissão Nacional da Verdade. A família de Jango estará representada em São Borja por Christopher Goulart, neto do ex-presidente.

A missão visa conhecer em detalhes o cemitério Jardim da Paz, onde está o jazigo em que está sepultado João Goulart e preservar o local para a exumação, cuja data deverá ser definida na reunião de todos os peritos que trabalharão no caso, agendada para a segunda quinzena de setembro, na sede da PF, em Brasília.

Na Missão a São Borja, também serão feitos contatos com as autoridades locais e calculados o tempo de saída da cidade e outras questões logísticas fundamentais para a retirada dos restos mortais, que serão examinados no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Após a perícia será necessária a guarda constante do jazigo e sua preservação até a data da exumação.

Um croqui em 3D do jazigo será elaborado a partir das informações colhidas em São Borja. A diligência não vai requerer a abertura do mausoléu.

HISTÓRICO – O ex-presidente João Goulart morreu no exílio, na Argentina, em 6 de dezembro de 1976. Não houve autópsia na Argentina e sua morte foi atestada como "enfarto do miocárdio". 

Goulart foi sepultado em São Borja (RS), sem passar por uma autópsia, por imposição do regime militar. Desde a morte de Jango paira a suspeita de que sua morte pode ter sido articulada pelas forças repressivas de Brasil, Argentina e Uruguai, que viviam sob ditaduras naquele período.

Hoje já há provas de que o ex-presidente foi monitorado durante todo o seu exílio e o ex-agente uruguaio Mario Neira Barreiro, preso no Brasil por outros crimes, deu sucessivas entrevistas e depoimentos afirmando que existiu a Operação Escorpión, um plano para matar o presidente, que teria sido concluído por meio da adulteração ou substituição dos remédios para o coração que Jango tomava.

Em março deste ano, durante audiência pública da CNV em Porto Alegre, a família Goulart requereu a exumação formalmente à Comissão. A decisão de realizar a perícia foi tomada em abril. Desde então duas reuniões com todos os entes públicos envolvidos e a família foram realizadas: dias 29 de maio, no MPF, em Porto Alegre, e 9 de julho, na SDH, em Brasília.

SAIBA MAIS
18/03/2013 - Pedido da família na audiência pública da CNV (veja o vídeo)
29/05/2013 - CNV, MPF-RS e SDH conduzem exumação dos restos mortais de João Goulart
09/07/2013 - Perícia do caso João Goulart será realizada em Brasília

Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação

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