CNV colhe depoimento de Cláudio Guerra em Brasília - CNV - Comissão Nacional da Verdade
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A Comissão Nacional da Verdade (CNV), órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011, encerrou suas atividades em 10 de dezembro de 2014, com a entrega de seu Relatório Final. Esta cópia do portal da CNV é mantida pelo Centro de Referência Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional.

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Terça, 22 de Julho de 2014 às 21:31

CNV colhe depoimento de Cláudio Guerra em Brasília

Objetivo é complementar investigações sobre o destino de vítimas da Casa da Morte e sobre os casos Zuzu Angel e Riocentro

A Comissão Nacional da Verdade realiza hoje (23/07), em sua sede em Brasília no CCBB, a partir das 14h, novo depoimento do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra, personagem central do livro "Memórias de Uma Guerra Suja".

A Comissão Nacional da Verdade pretende checar informações prestadas por ele anteriormente com os dados obtidos depois pelas investigações da Comissão sobre o paradeiro das vítimas da Casa da Morte de Petrópolis, o caso Riocentro e a morte da estilista Zuzu Angel. Os três temas foram abordados em relatórios preliminares de pesquisa da CNV, divulgados respectivamente em março, abril e junho deste ano.

"Será a primeira vez que poderemos fazer esse cruzamento de dados e isso é importantíssimo para o relatório da Comissão", afirmou o coordenador da CNV, Pedro Dallari.

CAPITÃO DO ARAGUAIA - Na tarde desta terça-feira (22), a CNV colheu o depoimento do coronel reformado do Exército Roberto Amorim Gonçalves. Ele confirmou que militares do Exército foram infiltrados na região do Araguaia, como posseiros, para levantar informações sobre a guerrilha.

Na patente de capitão, Amorim comandou soldados e outros agentes da repressão infiltrados em comunidades rurais na região do Araguaia durante a Operação Sucuri, que levantou informações sobre os guerrilheiros que foram decisivas para a destruição do movimento. Ele negou ter participado de combates e afirma que não comandava os agentes, mas que mantinha contato com eles.

Ele também admitiu que também trabalhou no Codi de Brasília, sob o codinome de Fabrício, mas negou ter cometido graves violações de direitos humanos.

Segundo José Carlos Dias, membro da Comissão Nacional da Verdade responsável pela colheita do depoimento, Gonçalves mantém a mentalidade da época e se referiu aos guerrilheiros o tempo todo como "terroristas".

O ex-capitão afirmou no depoimento que integrantes da guerrilha justiçaram moradores da região, mas Dias ressaltou que Amorim não soube indicar em seu depoimento nomes de vítimas ou autores desses crimes.

AGENDA - Amanhã (23), os membros da CNV reunem-se às 9h com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, na SDH. Na pauta, os diversos assuntos de interesse comum da pasta e da Comissão Nacional da Verdade, especialmente informações sobre o andamento da investigação sobre as causas da morte do ex-presidente João Goulart e os trabalhos de identificação das ossadas da Vala de Perus, em São Paulo.

 

Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação

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